terça-feira, 3 de junho de 2014

Fim



Que belo soa este silêncio que envolve o mundo ao meu redor
enquanto o sol se põe.
É que hoje, finalmente,
enterrei um sonho
numa cova rasa de pó
debaixo de uma árvore
num bosque sussurrante
E uma árvore é só o que preciso.
Nada mais.
Afinal, aquilo em que eu acreditei
durante tanto tempo
que daria um longo romance,
durou apenas uma ou duas páginas.
E enquanto me afastava daquele lugar,
creio que já me esqueci do que lá ficou.
Fosse lá o que fosse, ou é, ou será para sempre
confundiu-me tempo demais.
Mas agora compreendo.
Esta noite vai nascer sem lua
e eu não me darei ao trabalho de acender uma vela sequer.
Afinal de contas,
aquilo que pensamos oculto, está desvelado
mesmo à nossa frente...
o véu, encontra-se nos nossos próprios olhos.
E enquanto me desfaço desta meada
e deixo para trás um rasto de fios partidos,
percebo que não foi uma atracção
mas sim um transtorno emocional
desfeito pela frieza e indiferença.
Afinal, não poderia ser pior
do que o próprio amor....

SLL

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